segunda-feira, 10 de julho de 2017

FREIOS DE BICICLETA - COMO ELES EVOLUÍRAM

Não importa a marca, o modelo ou mesmo o ano de fabricação da sua bike, para que você se desloque com segurança além do uso dos equipamentos de proteção que todo ciclista deve usar faz-se necessário que a sua bicicleta esteja em bom estado e um item essencial neste sentido, é o conjunto de freio; os freios devem estar sempre bem regulados e em boas condições mecânicas. Nesta postagem vocês irão conferir um pouco da evolução deste item tão importante para cada um de nós que usamos a bicicleta como meio de transporte ou como um veículo de aventuras.



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Parte essencial de toda bike, o freio vem evoluindo junto com outros componentes que vão formando o perfil da bicicleta moderna tal qual temos hoje. São as demandas que fazem com que o ciclo evolucionário se reinicie e vá aos poucos introduzindo novas soluções, materiais e engenharias. Há também os saltos evolucionários que acontecem quando há a introdução de um novo paradigma, ou seja, um modelo que rompe com o padrão por ser completamente distinto, o que aconteceu com a introdução dos freios contra pedal e a tambor do passado e os atuais freios a disco - são considerados saltos porque introduziram ideias radicalmente diferentes dos modelos padrão de sapatas atritando os aros.

"O mais difícil para o homem primitivo não foi criar a roda, mas fazê-la parar."
Einstein?

A história dos freios se confunde com a história da própria bicicleta, mas podemos destacar aqui os modelos de freios de maior sucesso dos últimos anos. O mais engraçado disso é que esses modelos convivem ainda hoje em bicicletas de diferentes categorias e se não estão todos em produção nas bikes novas, estão por aí nas ruas fazendo história. 

Vamos iniciar falando do freio varão ou inglês - Formado por forquilhas em aço e sapatas de borracha. Não usam cabos de aço flexíveis, mas varas de aço rígidas para puxar a forquilha e deslocar as sapatas até o aro. É preciso ter força nas mãos para acioná-los. São pouco eficientes, mas foram a única alternativa durante muitos anos.

Freio de pedal - Amado por poucos, odiado por muitos, este tipo de freio trabalhava usando também as forquilhas e as famosas sapatas de borracha. A vantagem deste tipo de freio era que o mesmo oferecia uma frenagem muito eficiente, mas em contrapartida até o ciclista se acostumar com o mesmo o sofrimento era grande. Por volta dos anos 90 este tipo de freio foi deixado de lado, hoje encontrar um para colocar numa bike é algo muito difícil.

Freio contra pedal - Freio exclusivamente traseiro que consiste num mecanismo interno do cubo em que se pedalando para trás promove-se a frenagem. Ainda hoje é possível vê-lo como freio auxiliar em bicicletas de carga. Muita gente sofreu bastante até aprender a usar corretamente este tipo de freio. 

Freios a tambor - tipo de freio muito utilizado em bicicletas Monark BMX lá nos anos 80. A grande inovação desse freio foi levar a área de atrito para longe dos aros evitando que qualquer empeno altere as frenagens. A grosso modo consiste num tambor fixado ao cubo envolto por uma tira de aço emborrachada que se fecha gerando atrito.

Freios side-pull - Os freios side pull ou ferradura foram uma inovação importante na época, pois eram bem mais eficientes que os de varão. No início equipavam as bicicletas speed, pois assim como na indústria automobilística o laboratório para as pesquisas são as pistas de corridas.

Freio cantilever - freio cuja principal característica é o uso de um cabo de aço unindo os dois braços. Projetado para ser mais simples de fabricar e instalar, acabou se tornando o mais difícil de regular e modular. Está praticamente em desuso.

Freio V-brake - Uma evolução do cantilever, pois usa o ponto de apoio no quadro na mesma forma de pino, mas tem braços maiores e funciona puxando um braço e empurrando o outro com um só cabo. Confortável, leve, de fácil manutenção além de ter ótima modulação e força.

Freio V-brake hidráulico - Sistema bem similar ao v-brake, mas de acionamento hidráulico, o que garante força extra de frenagem e acionamento paralelo das sapadas aumentando a área de contato e o desempenho do freio.

Freio a disco mecânico - Freio composto por uma pinça, pastilhas e rotor (disco). Nesse modelo quem sofre o atrito é o disco de aço fixado ao cubo e os elementos atritantes são pastilhas de compostos resinados que são bem mais duros que a borracha das sapatas. Normalmente nos modelos mecânicos uma das pastilhas está sempre encostada ao disco e a segunda é pressionada contra o disco formando um sanduíche.

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Freio a disco hidráulico - Freio composto por uma pinça, pastilhas, rotor, dutos e burrinho hidráulico. Tanto a composição, quanto o funcionamento dos freios a disco hidráulicos são semelhantes aos mecânicos, exceto pelos itens hidráulicos e pela força e modulação que o sistema é capaz de produzir. Em alguns modelos já se encontra o movimento das duas pastilhas.

Decerto que o desenvolvimento dos freios não vai parar por aqui, só o futuro poderá mostrar o que nos reserva, quem sabe um freio magnético acionado talvez por ondas cerebrais ou algo similar. O fato é que desde dos primeiros modelos criados até hoje o que os fabricantes buscam é a segurança do ciclista e para isso vale aqui relembrar a todos que; não basta ter um freio moderno e eficiente, é necessário que o mesmo sempre esteja bem regulado, sendo assim antes de sair para o pedal faça uma rápida avaliação de como estão os freios de sua bike e se necessário leve a mesma para um mecânico fazer uma revisão e deixar os seus freios funcionando adequadamente. Isso pode salvar sua vida.

Curiosidade - Antes de encerrar esta postagem deixo aqui uma pergunta. Quem de vocês que na infância ganhou uma bicicleta velinha, toda acabada e sem nenhum freio e ai teve de usar o velho e tradicional freio é de moleque, onde nem sempre costumava-se usar a sandália para aliviar o atrito do pé com o pneu e sim o pé descalço? Boas lembranças destes tempos. E ai gostaram da postagem? Por favor deixem seus comentários.


Atenção - Este Não é o Cartaz Oficial
Atenção ciclistas de Belo Jardim e demais interessados. Vem ai a terceira edição do pedal entre amigos que é mais que um encontro de grupo e sim um encontro e reencontro de amigos e de pessoas apaixonadas por pedalar. Este ano estaremos oferecendo aos nossos visitantes duas opções de pedal. O primeiro roteiro que é o principal será de 35 km e tem um bom grau de dificuldade, não sendo indicado para ciclistas iniciantes ou inexperientes, principalmente se as chuvas continuarem por aqui. Já o segundo roteiro tem apenas 27 km e o grau de dificuldade é mediano. teremos no primeiro roteiro quatro pontos de apoio e no segundo três. Quem pretender participar deste nosso evento deve entrar em contato com o ciclista Amaro Neto para fazer a sua inscrição que custa R$ 30,00  e dará direito a café da manhã, carros de apoio, banho em chácara e banho de piscina acompanhado de almoço. Atenção as inscrições são limitas, apenas 250 inscrições no total. Venha participar de um pedal diferente ao lado de pessoas que assim como você amam pedalar. Sejam todos bem vindos ao 3º Pedal Entre Amigos. 



Por: Geovane Bezerra

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