(Fonte Imagens do Google)
O uso da bicicleta como meio de transporte é algo que veio para ficar em todos os lugares do mundo assim como o uso da mesma para o lazer por uma boa parte da sociedade de um modo geral. Usar a bicicleta para se locomover para o trabalho, para ir até a padaria da esquina ou numa loja em outro bairro é algo que a cada dia está se tornando muito comum em todas as classes sociais, mas isso tem um preço e um preço bem elevado em alguns países. Aqui no Brasil por exemplo existem estudos recentes que demostram que o nosso trânsito está entre os mais violentos do mundo e que os ciclistas assim como os motociclistas são as maiores vítimas.
Alguns dados que conseguimos levantar dão conta que mais de 13 mil ciclistas morreram no Brasil nos últimos 10 anos: falta de estrutura explica explica em parte este alto índice de acidentes.
Um levantamento recente aponta que 60% das mortes envolvendo ciclistas ocorreram devido a atropelamento: todos os anos, acidentes geram um custo de R$ 15 milhões ao SUS.
Um outro levantamento, este realizado pela Associação Brasileira de medicina de Tráfego (ABRAMET) analisou o número de internações por acidente, envolvendo ciclistas, nos últimos dez anos.
O estudo concluiu que o Sistema Único de saúde (SUS) gasta até R$ 15 milhões por ano só para tratar traumas das colisões entre bicicletas com carros, motos, ônibus, caminhões, etc.
Segundo dados coletados unto ao Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), ambos do Ministério da Saúde, 60% das 13.718 mortes de ciclistas aconteceram por causa de atropelamento, isso num período de dez anos.
No período de 2010 a 2019, o Rio Grande do Norte registrou um aumento de 1250% no número de internações por acidentes entre bicicleta e outros veículos. Já a região Sudeste ainda é a mais letal para quem se arrisca a andar em duas rodas, com um crescimento de 31,1% nos óbitos no mesmo período.
Mesmo durante a pandemia do COVID-19, quando o número de veículos nas ruas diminuiu consideravelmente, o número de internações de ciclistas acidentados continuou com um índice considerado alto no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
A circulação de carros caiu 50% durante o período da quarentena, mas o número de acidentes envolvendo bicicletas diminuiu apenas 13%.
Entre os fatores indicados pelos médicos especialistas da ABRAMET, a falta de infraestrutura segura tem contribuído para o aumento desses números. Além disso, as bicicletas passaram a ser meio de transporte para entregas e não somente para lazer, aumentando a população de ciclistas urbanos. A Tembici, responsável pela maior parte das bicicletas alugadas em grandes centros urbanos, disponibilizou a cartilha !Manual do Ciclista, capacete e refletores na roupa e bicicleta para aumentar a visibilidade do motorista.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
(Fonte Imagens do Google)
No texto anterior ficou bem claro para todos que a violência no trânsito brasileiro afeta a todos, e que o ciclista está cada vez mais exposto a esta violência, mas é necessário também falar de um outro tipo de violência que acontece tanto no trânsito como nas nossas casas, no nosso trabalho, na nossa escola e dai por diante, mas que a cada dia está se tornando muito comum no nosso trânsito, estamos falando das brigas envolvendo usuários das vias, sejam eles ciclistas, motociclistas e automobilistas e o pior é que na maioria das vezes um problema simples como um pequeno aranhão na pintura ou um leve amasso na lataria de um veículo ou ainda um aro empenado de uma bicicleta, incidentes estes que poderiam e deveriam ser resolvidos na base da conversa, acabam por terminar em tragédia com vários casos de mortes e isso tem de ser combatido por todos nós.
Por Geovane Bezerra
