quarta-feira, 22 de agosto de 2018

VOCÊ USA CAPACETE?

Olá amigo ciclista, e ai tudo bem? O assunto aqui é capacete de ciclismo. E ai você usa? Você costuma fazer uso do capacete nos seus deslocamentos diários ou só usa o mesmo quando está participando de alguma trilha ou de algum evento? Será que você faz parte de um grande grupo de pessoas que ainda acham que usar o capacete é besteira? 
Não sabemos a sua resposta, mas sabemos da importância do uso deste acessório de proteção para todo e qualquer ciclista, seja ele criança ou adulto, amador ou profissional e se você ainda tem alguma dúvida a respeito deste assunto, ao término desta matéria temos certeza de que você verá o capacete com outros olhos e se ainda não faz uso do mesmo, passará a fazer uso dele diariamente. Então chega de blá, blá, blá e vamos ao que interessa. 
Bem, antes de mais nada queremos que vocês saibam que lá atrás, nos primórdios o capacete era algo que ninguém imaginava projetar, mas com o passar do tempo as coisas foram mudando e por volta do ano de 1935 na Inglaterra o número de pessoas que se machucavam gravemente e de mortes por acidentes envolvendo motociclistas e também ciclistas começava a despertar a atenção das autoridades. Naquela época o uso da bicicleta já era bem difundido em vários países e devido ao número cada vez maior de pessoas usando a bicicleta diariamente o número de acidentes (muitas vezes com vítimas fatais) também crescia, mas foi preciso acontecer uma tragédia para que algo de concreto viesse a amenizar a situação e o que aconteceu foi que no dia 13 de maio de 1935,Thomas Edward Lawrence, um oficial inglês enquanto pilotava sua Brough Superior SS1000 de volta para casa em Clouds Hill, Inglaterra, se deparou com dois garotos andando de bicicleta, os quais ele não tinha visto devido à uma depressão na estrada. Lawrence tentou desviar deles, mas perdeu o controle da motocicleta e foi arremessado por cima do guidão. Como estava sem capacete, Lawrence sofreu graves lesões na cabeça, que o deixaram em coma. 

Hugh Cairns era neurocirurgião na equipe de médicos que cuidou de Lawrence. Após seis dias em coma, Lawrence faleceu. O Dr. Cairns ficou indignado com a grande perda. A partir disso, ele começou um estudo, denominado “Perda desnecessária de vidas por pilotos de motocicleta devido a ferimentos na cabeça” .O exército inglês deu pleno apoio ao estudo do Dr. Cairns e logo equipou todos os seus soldados motociclistas com capacetes. Mais tarde, o governo inglês determinou como obrigatório o uso do capacete para os motociclistas. O modelo foi copiado por muitos países ao redor do mundo em pouco tempo. Ainda assim, nem todos os países seguem a rigor essa lei. No Estados Unidos, por exemplo, as leis mudam de estado para estado, e alguns preferem não privar a liberdade de quem quer andar sem capacete, o que pode ser visto em vários filmes provenientes da terra do tio Sam.

A primeira fase estava completa: mostrar que proteger a cabeça é muito importante. Mas ainda não haviam capacetes próprios para ciclismo. Isso não quer dizer que nunca tenham pensado nisso. Nos primórdios da bicicleta, muitos ciclistas tentaram fazer seus capacetes, ainda mais os que usavam bicicletas altas como os velocípedes. A maioria não funcionou.
Com o aumento do número de ruas pavimentadas, de ciclistas e da velocidade que essas ruas permitiam que os ciclistas atingissem, aumentou também o número de acidentes com bicicletas, cujos casos fatais em grande maioria envolviam ferimentos na cabeça.
Já nos anos 1880 surgiram capacetes feitos principalmente de cortiça, o melhor material disponível para isso na época. Alguns tinham revestimento em couro.
Perto de 1900, os capacetes se tornaram muito bem ventilados: eram basicamente, uma faixa de couro ao redor da cabeça, com uma faixa de lã por cima. Depois mais tiras foram adicionadas por cima da cabeça, com revestimento externo em couro, o que rendeu um bom estilo a alguns desses capacetes. Até o começo dos anos 70 esses capacetes eram utilizados e chamados de “redes de cabelo” (hairnets). Segundo os ciclistas que os utilizavam, eles não eram muito eficientes contra impactos. Mas eles evitavam que você perdesse sua orelha ao cair e deslizar sobre o asfalto.
Cientes da necessidade de proteção, clubes de pedal testaram capacetes de hockey e montanhismo, mas eles tinham vários problemas, como peso, tamanho, obstrução da visão e falta de ventilação.
Então foi dado um passo muito importante: em 1974, a Bell Capacetes introduziu o Bell Biker, o primeiro capacete desenhado e fabricado para ciclismo. Ele utilizava EPS – Poliestireno Expandido - como material de absorção de impacto e tinha entradas de ventilação cônicas. Logo depois, a Mountain Safety Research lançou seu capacete de ciclismo também, que seguia a linha dos capacetes de montanhismo, utilizando EPS. Testes posteriores apontaram que esses dois capacetes, junto com outro conhecido como Bailen Bike Bucket, um capacete de tamanho único, eram os mais eficientes disponíveis para ciclismo na época.
A palavra capacete é espanhola. Significa “peça de proteção para a cabeça”. Em catalão, a expressão é cabasset. Essas expressões derivam do latim capaceum, que era a denominação de uma cesta usada para colher frutas. Já a cesta ganhou o nome devido as expressões capãx e capãcis, que significam algo que pode segurar coisas, e de capere, que significa conter, apanhar.
Já a expressão em inglês, helmet, dá a entender um diminutivo da palavra helm, que é traduzida como elmo. Os elmos eram capacetes de guerra da idade média usados por várias nações, principalmente europeias. A palavra helm é inglesa (para os saxões, frísios e antigos alto-alemães a palavra também é helm), mas tem origem na língua proto-germânica, que é a língua ancestral de todas as línguas germânicas modernas, como o inglês, alemão, holandês, dinamarquês, norueguês e outras.
Nesta língua primitiva da qual existem poucas inscrições sobreviventes (nenhum texto completo dela sobreviveu) a expressão que deu origem ao elmo é helmaz, que significa “cobertura protetiva”. Indo ainda mais fundo, na língua que deu origem à língua proto-germânica, a língua proto-indo-europeia possuía as expressões kelmo-s (cobrir, esconder) e kel- (esconder, proteger) que pelo visto deram origem à expressão em proto-germânico.
Dito isto, vamos agora expor alguns fatos ou situações envolvendo ciclistas onde o uso do capacete veio a salvar a sua vida. Até os dias de hoje os críticos dizem que o capacete de ciclista é um acessório quase que inútil porque não protege o rosto do cilista, porque quase sempre quebra e não serve mais para uso apos uma queda mais forte e dais por diante, mas leiam com atenção o texto abaixo e notem que a realidade é outra. O uso do capacete diariamente pode sim salvar a vida de um ciclista. 
Nº 01 - Com uso cada vez maior da bicicleta como meio de transporte a cada dia é comum vermos pessoas de várias faixas etárias e de ambos os sexos pedalando pelas ruas e avenidas das nossas cidades, mas o simples fato de uma pessoa está usando um capacete já faz com que ele se destaque dentre os demais ciclistas, e se além do capacete ele estiver utilizando os demais equipamentos e acessórios de proteção ai é que irá chamar a atenção de quem está apo seu redor, principalmente dos motoristas e motociclistas, desta forma apenas o fato de está usando o capacete já lhes dá segurança na via. 
Nº 02 - Ao contrário do que muita gente imagina o maior número de tombos violentos ou de acidentes e incidentes envolvendo ciclistas não ocorre durante a sua participação em alguma prova ou competição e sim no dia a dia, no seu deslocamento para o trabalho, para ir a casa de um parente e dai por diante e por isso é necessário usar o capacete sempre porque nunca sabemos o que iremos encontrar pela frente e só quando sofremos um tombo (seja ele leve ou forte) é que despertamos ou passamos a dar o real valor ao uso do capacete. 
Nº 03 - É verdade que ao cair estando pedalando, a depender de como isto ocorra você irá se arranhar bastante e em muitos casos vai sofrer escoriações na face, isso porque normalmente o ciclista é projetado para frente num tombo, e se por um lado o capacete não impede de você arranhar ou machucar o seu rosto ele vai proteger sim a sua cabeça, primeiro da pancada e em outras situações de alguma peça de sua bicicleta que se soutou na queda ou mesmo de uma área específica da sua bicicleta vir a bater na sua cabeça podendo lhe ferir gravemente se você não estiver usando o capacete, vou usar como exemplo aqui a coroa da bicicleta que em caso de uma queda o ciclista venha está sem o capacete e esta parte da bicicleta venha a ter contato com a sua cabeça a gravidade dos ferimentos podem deixar o mesmo numa cadeira de rodas ou mesmo o levar a óbito. O capacete não faz milagres, mas salva vidas sim, basta fazer uso dele diariamente e da maneira correta. 
AINDA TEM DÚVIDA?
Talvez muito do que aqui foi exposto ainda não tenha sido o suficiente para fazer você que está ai do outro lado da tela vir a usar um capacete, então vamos agora relatar um fato que aconteceu neste domingo dia 19 de agosto deste ano de 2018 envolvendo o ciclista Aurivan Bodocó, ele que é um dos ciclistas mais experientes do grupo Amigos do Pedal daqui da cidade de Belo Jardim PE.
O fato em questão aconteceu na cidade de Arcoverde onde no domingo dia 19 o ciclista Bodocó juntamente com outros cinco ciclistas do nosso grupo estavam participando do evento 1º pedala Arcoverde, quando próximo do fim do percurso, já no perímetro urbano perdeu o controle da sua bicicleta ao passar por uma lombada e foi ao chão. Segundo relatos do ciclista Amaro Neto que estava próximo a ele, assim que o mesmo caiu já foi logo desmaiando deixando todos bastante preocupados. Ainda segundo relatos do Amaro a equipe de socorristas chegou rapidamente e ao se aproximar do ciclista no chão havia muito sangue espalhado na via e o mesmo ainda se encontrava desmaiado, mas após realizarem alguns procedimentos o mesmo tornou e após receber ali mesmo os primeiros socorros foi levado depois para o hospital local onde foi devidamente examinado e muito bem atendido, mas o que quero aqui destacar foi o que relatou um dos socorristas do SAMU e também o médico que atendeu o nosso ciclista lá no hospital. Ambos foram categóricos em afirmar que o capacete salvou a vida do nosso amigo. Vale aqui deixar registrado que o capacete se partiu de uma forma que não serve mais para ser utilizado, mas o importante é que a cabeça do nosso ciclista nada sofreu, os ferimentos mais sérios foram no rosto.
Ao longo dos sete anos de existência do grupo Amigos do Pedal vários ciclistas vieram a cair durante algum pedal, outros se envolveram em algum acidente com carros ou motos, mas o que fez a diferença entre a vida e a morte para todos eles foi o fato de estar usando o capacete quando os fatos aconteceram. Bem pessoal, cada um tem o seu ponto de vista, cada um é dono do seu nariz e sabe muito bem o que quer, sendo assim o que esperamos ao término desta matéria não é o convencer a usar o capacete, mas antes fazer com que você reflita bem sobre tudo o que leu e viu aqui e depois com calma tome a sua decisão.
Resultado de imagem para evolução do capacete de ciclismo
Usar o não usar? Eis a questão.

Ciclista Aurivan Bodocó/Grupo de Ciclismo Amigos do Pedal
 
  
Desde já em nome de todos os ciclistas dos Amigos do pedal e dos demais grupos e equipes de ciclismo aqui de Belo Jardim desejamos ao amigo Bodocó uma melhora rápida e plena. Força guerreiro. 
ATENÇÃO CICLISTAS DE BELO JARDIM
O mês de setembro está batendo se aproximando e a programação de pedais festivos ou comemorativos dos Amigos do pedal neste mês será muito bacana; pra começar teremos já no primeiro domingo dia 02/09 e sexta edição da Trilha Belo jardim/Poção e na sexta-feira dia 07/09 teremos a sétima edição da Pedalada da Independência que tem como destino o nosso Distrito de Xucuru e na quarta-feira dia 22/09 é comemorado o Dia Mundial Sem Carro e estamos programando alguma atividade para esta data. Se você gosta de pedalar junte-se aos ciclistas dos Amigos do Pedal ou de qualquer outro grupo ou equipe de nossa cidade. O importante é praticar alguma atividade física e deixar o sedentarismo de lado.




Por: Geovane Bezerra

Nenhum comentário:

Postar um comentário