Esta postagem de hoje é para ajudar você, que nunca pedalou em
trilhas, mas tem vontade. Mountain bike é como qualquer outro esporte: quem
nunca praticou acha lindo, mas duvida da própria capacidade de fazer tudo
aquilo, sobreviver àquele ambiente inóspito…
Vamos combinar: você tem capacidade, sim. Além do mais, o aperfeiçoamento em qualquer esporte é gradativo.
Antes de nos aprofundar no assunto, uma nota especial. Essa postagem é para leigos ou semileigos.
Partindo aqui do suposto que você já sabe andar de bike. Talvez
até já possua uma e tenha vontade de ir para as trilhas. A questão é saber se
sua bicicleta e equipamentos são adequados para você fazer isso com segurança
e, se não são, o que está disponível no mercado para começar bem.
Existe, no mercado brasileiro, uma quantidade
enorme de bicicletas para vender, algumas se dizem mountain bikes, sem ser, e
você deve saber distingui-las das bikes que vão lhe levar e lhe trazer sem
maiores problemas.
Primeiramente, se você for leigo total, recomendamos ler esses posts:
As partes de
uma mountain bike
Agora que você está minimamente familiarizado com as Mountain
Bikes, vamos definir o que, na nossa opinião, seria o mínimo para participar de
divertidos passeios como os que postamos aqui no blog e em outras redes
sociais. Ao clicar nas partes deste texto que estão em destaque, você será
direcionado para um outro site onde encontrará informações detalhadas sobre o assunto em destaque, como este aqui ao lado. Todos os créditos devem ser dedicados ao site Da Lama ao Caos. Trilhas Mapeadas.
1. O câmbio deve ser, pelo menos um Shimano Altus (Entenda mais
sobre Câmbio Traseiro aqui).
2. O garfo deve ter, pelo menos, 80mm de
curso. Embora alguns de mola e elastômeros funcionem, o ideal para uma bike
básica seria uma suspensão hidráulica, como a RST Gila ou a
Suntour XCM V3 (são apenas exemplos). Entenda mais
sobre suspensões aqui.
3.
Os freios podem ser do tipo Vbrake. Discos mecânicos funcionam melhor. Discos
hidráulicos são o ideal. Entenda mais
sobre freios aqui.
Isso
posto, vamos ao orçamento. Claro, você paga pelo que está levando. As mountain
bikes com um mínimo de decência para trilhas custam em torno de R$ 1.900,00 até
3.000,00. Parece muito? Mais um post para você ler: Minha
primeira bike.
Após
comprar a sua bike, você ainda vai ter que investir algum dinheiro em
equipamentos sem os quais você não deve pedalar. Lembre-se: em trilhas não há
borracharias, oficinas, lanchonetes. O vestuário também deve ser adequado.
Vamos lá:
Roupas:
Você deve adquirir uma bermuda (com forro acolchoado) ou uma calça com forro
idem, e uma camisa de ciclista. Prefiro calças e camisas de manga longa que
protegem do sol.
O forro
acolchoado é essencial. Se encontrar, procure uma com forro Coolmax, de ótima
qualidade.
Camisas de ciclistas tem bolsos bem
acessíveis na parte de trás , zipers e em geral são confeccionadas em tecidos
como Tec-Dry ou Dy-Fit, marcas que prometem ventilar bem e não reter o suor.
Luvas
não são bobagem. Elas diminuem a dormência da mão e protegem contra espinhos,
urtigas e as tão temidas quedas. Prefiro as de dedo fechado, mas é uma questão
pessoal. Saiba mais
sobre luvas aqui!
Você pode pedalar de tênis, sim. Use um
tênis velho (às vezes tem muita lama nas trilhas) mas que não se desmanche no
caminho.
Você
precisará levar água. Pelo menos uma garrafinha (que se chama caramanhola). Ela
vai presa num suporte na bike – se não tiver, você terá que adquiri-lo, também,
mas é barato. Prefira as térmicas. Se o orçamento não estiver muito apertado,
considere uma mochila de hidratação. Saiba mais
sobre mochilas de hidratação e carmanholas aqui.
É
lógico que você vai precisar de um capacete. Jamais saia de casa sem ele – nem
para ir à padaria da esquina. É um equipamento fundamental. Seu preço varia
entre R$ 45,00 a R$ 600,00. Um bom capacete básico pode ser comprado por algo
em torno dos R$ 120,00. Saiba mais sobre capacetes aqui.
A
última coisa – por enquanto – são os equipamentos extras. Se você for pedalar à
noite, compre luzes de sinalização (vermelha atrás e branca na frente). As
luzes brancas de sinalização não
são faróis. Só servem para você ser visto. Se
pretende fazer trilhas noturnas, compre um bom farol, de no mínimo 600 lumens.
Leve
um kit de remendo (aprenda aqui
a consertar um pneu furado), uma câmara de ar de reserva e uma
bombinha portátil. Leve também
uma multiferramenta.
Não
esqueça, também, de levar algo para comer. Géis, barras de cereal, sanduíche,
para trilhas curtas qualquer coisa vale. E não esqueça de se reidratar durante
o percurso, os isotônicos são legais, mas o ideal é beber água mesmo e ao
chegar em algum local escolhido como ponto de apoio a velha água de coco gelada
é algo quer vai lhe fazer muito bem.
Lembre-se sempre: por questão de segurança,
evite trilhar sozinho. Nem sempre há sinal de celular, e numa
necessidade sempre é bom ter amigos por perto. Grupos muito grandes tendem a
ser heterogêneos em termos de condicionamento físico e velocidade – no início,
procure ir com grupos pequenos, de quatro ou cinco pessoas. Trilhas
organizadas por empresas sérias e profissionais em geral são garantia de mais segurança,
tranquilidade e de alguém que entenda de mecânica por perto, no caso de algum
problema. Mas não ultrapasse seus limites, físicos e psicológicos. Quem sabe
deles é você.
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