terça-feira, 22 de setembro de 2015

DIA MUNDIAL SEM CARRO

Hoje dia 22 de setembro, em cidades do mundo todo, foram realizadas atividades em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no que passou a ser conhecido como Dia Mundial Sem Carro.
O objetivo principal do Dia Mundial Sem Carro é estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. A ideia é que essas pessoas experimentem, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível se locomover pela cidade sem usar o automóvel e que há vida além do para-brisa.
Através do nosso grupo Belo Jardim a três anos entrou nesta campanha e para celebrar esta data hoje a noite foi realizado um passeio ciclístico. Logo após este texto estaremos disponibilizando as fotos e contando os detalhes deste pedal, mas por enquanto leiam com atenção e entenda melhor o significado deste dia e desta campanha para você, para o nosso planeta e para as futuras gerações.

Dia Mundial Sem Carro No Brasil

A data foi criada na França, em 1997, sendo adotada por vários países europeus já no ano 2000. Na cidade de São Paulo são realizadas atividades desde 2003. Com pedalada-manifesto em 2004, no ano de 2005 houve até visita à Câmara de Vereadores. Até 2006, essas atividades eram realizadas principalmente por iniciativa de cicloativistas e participantes da Bicicletada, com apoio da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.
As iniciativas dos ciclistas paulistanos continuaram ocorrendo em 2007 e 2008, mas desde 2007 passamos a contar com o Movimento Nossa São Paulo para engrossar o coro, realizando novas atividades e eventos e trazendo mais visibilidade para a data.
Várias outras cidades brasileiras passaram a “comemorar” a data, no mínimo com uma Bicicletada, no dia 22. Em 2010, houve atividades na semana toda em vários estados. Já em 2011, algumas cidades programaram eventos para o mês inteiro, que começou a ser chamado informalmente de Mês da Mobilidade. De lá para cá, a adesão de cidadãos e poder público só aumentou, bem como o esclarecimento correto sobre o DMSC.

Mas qual o problema em andar de carro?

Andar de carro por si só não parece um grande problema. Para entender melhor o real cenário, é preciso afastar-se da visão individual e analisar todo o conjunto.

Como chegamos aqui

Ao longo do último século, nossas cidades foram adaptadas para atender prioritariamente ao carro, não às pessoas que nelas vivem. Investiu-se muito mais no uso individual do automóvel do que em soluções de transporte de massa. À medida que as cidades e o país cresciam, deu-se ênfase em possibilitar a venda massificada de automóveis (com incentivos contínuos às montadoras) e à criação de infraestrutura para que esses carros rodassem (enriquecendo empreiteiras e outras empresas).
Nessa política, cada cidadão deveria resolver por conta própria o “seu” problema de mobilidade. O carro incorporava cada vez a imagem de liberdade de ir e vir quando, na realidade, não era sinônimo de liberdade, mas a alternativa que restou. Para mover “massas” de pessoas, deveria haver mais opções de transporte “de massa”.
As ferrovias foram desmanteladas ao longo do século e as hidrovias não saíram do papel. As rodovias se espalharam por todo país, até no coração da floresta amazônica, levando o desmatamento e a poluição no porta-malas. Mesmo os investimentos em transporte coletivo sobre rodas foram sempre muito menores que os investimentos diretos ou indiretos no modelo de mobilidade individual e particular. As ruas, avenidas, pontes e túneis, supostamente criados para atender à demanda, foram agindo como estimuladores dessa demanda, criando um círculo difícil de quebrar: cada vez mais carros ocupando a estrutura criada acabam necessitando de ainda mais espaço, exponencialmente.
As cidades deixaram de ter caminhos por onde as pessoas e os rios passavam para ter caminhos para “chegar rápido de carro”. Atravessar as ruas sem uma armadura de uma tonelada se tornou, cada vez mais, uma aventura perigosa. As cidades deixaram de ser das pessoas e passaram a ser dos carros.

O mau uso do automóvel

O carro é uma invenção maravilhosa. Com um veículo a motor, você pode carregar centenas (milhares?) de vezes o que conseguiria carregar com as mãos. Pode levar pessoas enfermas até um hospital, suprir deficiências de mobilidade e transpor distâncias enormes.
O problema começa a se mostrar quando você percebe que a quase totalidade dos motoristas nas cidades são pessoas sem nenhuma restrição de mobilidade, que estão carregando apenas uma blusa ou um caderno, não estão sendo levadas a hospital algum e estão fazendo um trajeto que muitas vezes não chega nem a 10 km.
Todos saindo com seus carros no mesmo horário causam o efeito mais visível da mobilidade baseada no automóvel: o congestionamento. Outros efeitos são mais difíceis de perceber e alguns até impossíveis de mensurar com exatidão: mortes e sequelas de vítimas de acidentes, stress,isolamento e frustração, agressividade e violência, doenças cardiovasculares e respiratórias, menor tempo para convívio com a família, poluição do ar e das águas, consumo exagerado de recursos naturais, impermeabilização do solo e aumento da temperatura das cidades, diminuição do espaço para convívio entre as pessoas, mudanças na sociedade e degradação nas relações entre as pessoas, prestígio e autoestima atreladas ao automóvel e outras mais (saiba mais aqui).

Meu Deus! E agora! O que é que eu posso fazer?

Você pode fazer amanhã o que talvez não fez hoje, ou seja a cada dia você tem uma oportunidade para experimentar e vivenciar a cidade de outra forma. Transporte públicobicicleta e mesmo a caminhada são alternativas saudáveis e cidadãs, que contribuem com o meio ambiente, com a sua saúde e até com a locomoção daqueles que realmente necessitam utilizar o carro, sobretudo em situações especiais de mobilidade (melhor idade, gestantes, transporte de crianças pequenas, pessoas com necessidades especiais, etc). Até a carona solidária, combinada com um colega de escritório que more perto da sua casa, já ajuda bastante.
Se você utiliza o carro no dia a dia, faça um desafio a si mesmo no mês de setembro e descubra se você é capaz de passar um único dia útil no ano sem seu carro. A cidade, o planeta e nossas crianças agradecem! Nós demos a dica, agora é com você, o Dia Mundial Sem Carro terminou, mas todo dia é dia de tentarmos fazer algo de positivo em pró de um planeta melhor para todos, então não precisa esperar setembro de 2016 para deixar o seu carro na garagem por ao menos um dia, experimente fazer isso de vez em quando, garanto que até o seu bolso vai agradecer e como não poderia deixar de ser terminamos este texto fazendo um convite a você. Que tal comprar ou arrumar aquela bike que anda esquecida no porão, na garagem ou no quintal e vir pedalar conosco? Você sempre será bem vindo.
Inicio o relato deste passeio agradecendo a todos os 20 ciclistas que se fizeram presentes e se divertiram junto comigo neste pedal. Para muita gente a quantidade de ciclistas pode parecer pouca, mas é preciso levar em conta duas coisas. A primeira é que houve um erro de minha parte (Geovane) na confecção do cartaz onde coloquei a data correta mas errei o dia e acabei colocando quarta-feira e quando fiz a devida correção já foi em cima da hora. A segunda é que além do fato de muitos dos nossos ciclistas terem compromissos, inclusive de trabalho a parceria com a Polícia Militar foi feita para dar apoio aos pedais das quartas e por isso nestes noites o número de ciclistas tem sido maior, mesmo assim foi um ótimo passeio que teve um percurso de apenas 12 km. Em relação a campanha posso dizer que aqui em Belo Jardim ainda caminha de forma tímida mas a cada ano notamos que mais pessoas vestem a camisa e deixam o seu carro ou moto em casa. Agora curtam as fotos deste passeio.
  
  
  
  
  
GOSTOU?
O passeio desta noite foi festivo ou comemorativo, mas amanhã teremos o tradicional passeio noturno das quartas que tem um percurso um pouco mais longo, entre os 17 e 22 quilômetros a depender do caso e nas noites de quinta e de sexta termos passeios noturnos curtos com uma hora de duração e percursos variados. E então vai ficar ai só olhando? Saia da rotina, venha praticar esporte, fazer novas amizades e se divertir. Você é o nosso convidado especial, venha e traga mais um com você. 
  

VOCÊ CONHECE CACHOEIRINHA?
Se você não conhece a Terra do Aço junte-se a nós neste pedal, se você já conhece então venha matar a saudade junto com os nossos ciclistas, mas atenção. Mesmo se tratando de um cicloturismo o ritmo da trilha até chegarmos ao nosso destino será puxado e também a volta, por isso este não é um pedal recomendado para iniciantes ou para ciclistas que gostam de pedalar de maneira descontraída.

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Por: Geovane Bezerra

Um comentário:

  1. Alexsandro Mendes dos Santos - São Pedro26 de setembro de 2015 às 19:51

    Gostei bastante da matéria, para mim o que faltou foi acontecer a campanha em si aqui na cidade, porque ao menos eu não vi redução nenhuma no número de carros nas nossas ruas, e acho também que a prefeitura deveria dar uma maior apoio a vocês, disponibilizando um carro de som para anunciar esta campanha ou quem sabe algum dos vereadores. falando nisso cade aquele vereador que iria apoiar as atividades esportivas aqui em Belo Jardim? Alguém sabe o nome dele?

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